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domingo, 14 de novembro de 2010

projeto de lei poderá criar novos municipios na bahia












Junco, Paraíso, Lages e Caatinga do Moura podem se emancipar de Jacobina
24/09/2010 14:13:00
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Praça principal de Paraíso: distrito pode se emancipar em 2011 Os deputados baianos vão analisar nos próximos dias um projeto de lei que poderá facilitar a criação de novos municípios na Bahia.

A proposta prevê que a Assembleia Legislativa volte a legislar sobre a criação, fusão, incorporação e desmembramento de unidades administrativas no Estado.

Há mais de uma década, essa prerrogativa era exclusividade do Congresso Nacional. Na região, vários distritos pleiteiam a sua independência política e administrativa. Esta semana, o deputado estadual Sérgio Passos (PSDB) apresentou na Assembleia Legislativa quinze pedidos de emancipação de distritos, inclusive quatro do município de Jacobina: Junco, Novo Paraíso, Lages do Batata e Caatinga do Moura.

O assunto é polêmico. A criação de novos municípios estava suspensa pela Emenda Constitucional n° 15, de 1996, que nunca foi regulamentada. Na época, vários localidades na Bahia já tinham realizado plebiscito sobre emancipação, mas a consolidação da nova unidade ficou em suspenso.

Provocado, o Supremo Tribunal Federal estipulou prazo para que o Congresso regulamentasse os casos em que poderia haver criação de municípios. Esse prazo terminou em novembro do ano passado, sem que lei federal fosse aprovada.

Com isso, deputados estaduais em todo o país entenderam que, diante da ausência de legislação, poderiam tomar para si novamente a prerrogativa para criação de municípios.

Informações do Jornal Tribuna Regional e Noticia Livre

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

nova lei possibilitra emancipação de distritos

Nova lei possibilita emancipação de distritos cearenses
O Ceará poderá passar dos atuais 184 municípios para cerca de 200 caso sejam aprovados os pedidos de emancipação de dezenas de distritos. O fato se deve à entrada em vigor da Lei Complementar nº 84/2009, aprovada pela Assembléia Legislativa. Mesmo tendo sua constitucionalidade questionada a nova lei já provoca um intensa movimentação no interior do Estado, como é o caso dos distritos de Mundaú e Icozinho. Para o deputado Lula Morais (PCdoB) " a população deve buscar o seu caminho"


Lula Morais apóia a ação da população dos distritos.
Desde a promulgação da Lei Complementar Nº 84, em dezembro de 2009, associações de distritos cearenses elaboraram projetos para obter a emancipação. No entanto, para que surja uma cidade e a geografia do Estado sofra mudanças na marcação territorial, é preciso vencer desafios, muitas vezes relacionados à falta de estrutura física e serviços básicos oferecidos à população. Atualmente, a lista da Comissão de Triagem, Elaboração de Projetos e Criação de Novos Municípios da Assembleia Legislativa possui 24 solicitações para a criação de novos municípios. Todas as cidades apresentam realidades distintas, mas um único objetivo: tornar-se independente do município que o gerencia.

É longo o processo até a sua conclusão. Cada distrito a ser emancipado deve se enquadrar nos quesitos necessários para que a nova cidade venha a se manter financeiramente com os recursos provenientes do tesouro nacional, como os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), recursos do Estado e, ainda, a contribuição fiscal do próprio município. O conhecimento da população também é imprescindível. De acordo com o artigo 5º da LC, o processo de criação, incorporação, fusão ou desmembramento de municípios só terá início mediante requerimento de deputado ou de entidade, por meio de Projeto de Iniciativa Compartilhada e ainda ser assinada por, no mínimo, 100 eleitores domiciliados na área territorial.

Segundo o presidente da Comissão, Luiz Carlos Mourão Maia, os distritos que se enquadram nos quesitos, podem enviar os projetos. Dois deles, Mundaú, em Trairi; e Icozinho, localizado no município de Icó, apresentaram suas propostas e os representantes argumentaram que os projetos de tornarem-se emancipados parte do interesse de gerenciar os recursos e atingir mais diretamente a população que, muitas vezes, encontra-se distante da sede e longe das políticas públicas.

Movimentação nos distritos

De acordo com o assessor de projetos e comunicação da Associação de Desenvolvimento Artístico, Cultural e Humano de Mundaú (Aprodart), Aldenor Holanda, o distrito tem condições para ser emancipado, principalmente porque apresenta potencial econômico, como a pesca. Mesmo assim, o distrito apresenta carência na infraestrutura. O assessor apresentou diversas pontos em que Mundaú precisa avançar. "É um lugar muito bonito, mas desvalorizado. Por isso queremos a emancipação, para cuidar melhor, já que estamos mais perto da população", diz.

As carências apontadas por Holanda estão relacionadas com a precariedade das estradas no distrito. Muitas ruas não são pavimentadas e nem têm placas com nomes. "Se for emancipado, Mundaú terá condições de cuidar melhor da sua realidade", sustenta Holanda.

O assessor também esclarece que parte dos prédios públicos importantes ao distrito encontram-se deteriorados e abandonados. O frigorífico construído para abrigar uma escola de pesca está abandonado há decadas.

A mesma justificativa é apresentada pelo presidente da Associação do Movimento Emancipacionista do Distrito de Icozinho, Francisco Ferreira. Ele acredita que a emancipação é promissora porque os moradores estão distante 60 quilômetros da sede de Icó e ter o gerenciamento municipal mais perto dos moradores é um dos benefícios. "Os desafios são muitos, mas acreditamos que os moradores de Icozinho e parte de Pedrinhas ficarão mais empenhados para resolver os problemas", diz. Para chegar a este objetivo, o presidente da Associação pede que os moradores apoiem o processo de emancipação e que os cidadãos de Icozinho, residentes em Fortaleza, também podem apoiar.

Caso venha a ser criado oficialmente como município, Icozinho será delimitado por uma área de 21% do atual território de Icó, com 9.800 habitantes, pouco acima do valor recomendado para ser emancipado.

"É uma oportunidade para melhorarmos a qualidade de vida à população. Para isso, contamos com o apoio da Prefeitura Municipal", diz. Para o secretário de políticas agrícolas do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Icó, João Carlos Leandro, e o empresário Edmar Guedes, o município possui boas terras para agricultura.

Novas perspectivas

Para o deputado estadual do PCdoB, Lula Morais, a movimentação que se observa nos distritos reflete a busca da população local por novas perspectivas. "Muitos municípios não têm condições de atender às necessidades de comunidades que muitas vezes ficam a mais de 50 km da sede e por isso a população local busca caminhos próprios para resolver seus problemas. Um desses caminhos é a emancipação", afirma o parlamentar comunista.

Questionado sobre a capacidade dos novos municípios se sustentarem Lula Morais é enfático: "Claro que nem todos os que solicitam a emancipação já têm condições plenas de se tornarem municípios, mas só a possibilidade de debater o assunto já serve para movimentar a população. Quanto à sustentabilidade basta citar os exemplos de Maracanaú e Madalena, emancipados há cerca de 20 anos, e que seguem seu caminho como cidades. Além do mais a lei é bastante criteriosa quanto às exigências, tanto quanto ao perfil que deve ter o distrito que pretende se emancipar, quanto aos cuidados para não prejudicar o chamado município mãe, de onde se originará a nova cidade".

O fato da nova lei estar sendo questionada na justiça - segundo a Constituição Federal a lei que regulamentaria a emancipação deveria ser aprovada pelo Congresso Nacional - o parlamentar do PCdoB acredita que isto não deve ser empecilho para a mobilização nos distritos. Para ele o desejo de emancipação é um fato concreto, uma aspiração da população local, "se isso vai ser através de uma lei estadual ou federal, a justiça ainda vai decidir e, enquanto ela não decide, a população tem todo direito de buscar seu caminho", conclui Lula Morais.


Exigências da lei

De acordo com o Artigo 2º da LC84/2009, de autoria do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Domingo Filho, nenhum município será criado sem a verificação da existência, na respectiva área territorial ou na área territorial a ser desmembrada, dos seguintes requisitos: população superior a oito mil habitantes; eleitorado não inferior a quarenta por cento de sua população; centro urbano já constituído, com número de prédios residenciais, comerciais e públicos superior a 400. As receitas devem ser provenientes de transferências estaduais e federais e ainda da área fiscal. O novo município deve ter uma estimativa do custo da administração da cidade, incluindo a remuneração do prefeito, vice-prefeito, vereadores e dos servidores públicos da administração direta, com as despesas de custeio dos órgãos da administração direta; despesas com a prestação dos serviços públicos de interesse local e com a parcela dos serviços de educação e saúde sob responsabilidade do município.



Fonte: Diário do Nordeste
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