Jaguaquara: MPE move ação contra prefeito e médico vereador por excesso de plantões : Wilson Novaes | Data: 12,novembro , 2011 às: 18:34

Prefeito Ademir terá que explicar o número execessivo de honorários pagos aos médico e vereador de sua base aliada

O prefeito do município de Jaguaquara, Aldemir Monteiro e o vereador e médico Élio Boa Sorte, terão que se explicar no Ministério Público Estadual e na Justiça baiana, os gastos da Prefeitura com os serviços médicos prestados pelo vereador ao município, no período de fevereiro de 2010 a junho de 2011, que foram no valor de R$ 390.688,61, sendo que, apenas no mês de dezembro de 2010, ele recebeu R$ 52,1 mil. De acordo com o relato do Promotor de Justiça, Lúcio Meira Mendes, na Ação Civil Pública, movida contra o prefeito e o vereador, está registrado nas prestações de contas da Prefeitura, “números absurdos de plantões no Hospital Municipal de Jaguaquara, além do recebimento de outros serviços, que efetivamente não eram prestados, evidenciando a ilegalidade contratual e também o escancarado prejuízo no erário público”.

O vereador que faz parte da base de apoio ao prefeito, também presta serviços para o município na Unidade de Saúde da Família Eliezer Santos Nascimento, do distrito Stela Câmara Dubois. Foram pagos 192 plantões, a maioria deles com carga horária de 24 horas, pelos quais foram pagos R$ 200.625 mil. A ação ajuizada na Justiça, vem acompanhada de medida cautelar “para indisponibilidade e sequestro de seus bens por haverem lesado o erário público com o enriquecimento ilícito”. Além dos dois vínculos profissionais com a Prefeitura de Jaguaquara, consta de acordo levantamento feito pelo MPE, no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde-CNES, que o médico ainda exerce atividades na Clínica Sagrado Coração de Jesus (Jaguaquara), Hospital Geral Prado Valadares (Jequié) e Hospital Pedro Pimentel Ribeiro (Itiruçu), totalizando carga horária de 116 horas “que numa conclusão lógica, constata-se ser impossível a sua presença no número de plantões que recebeu”, alega do Promotor na ação.